segunda-feira, 20 de julho de 2009

O salto


"A gente não tem como saber se vai dar certo. Talvez, lá adiante, haja uma mesa num restaurante, onde você mexerá o suco com o canudo, enquanto eu quebro uns palitos sobre o prato -- pequenas atividades às quais nos dedicaremos com inútil afinco, adiando o momento de dizer o que deve ser dito. Talvez, lá adiante: mas entre o silêncio que pode estar nos esperando então e o presente -- você acabou de sair da minha casa, seu cheiro ainda surge vez ou outra pelo quarto –, quem sabe não seremos felizes? Entre a concretude do beijo de cinco minutos atrás e a premonição do canudo girando no copo pode caber uma vida inteira. Ou duas.Passos improvisados de tango e risadas, no corredor do meu apartamento. Uma festa cheia de amigos queridos, celebrando alguma coisa que não saberemos direito o que é, mas que deve ser celebrada. Abraços, borrachudos, a primeira visão de seu necessaire (para que tanto creme, meu Deus?!), respirações ofegantes, camarões, cafunés, banhos de mar – você me agarrando com as pernas e tapando o nariz, enquanto subimos e descemos com as ondas -- mãos dadas no cinema, uma poltrona verde e gorda comprada num antiquário, um tatu bola na grama de um sítio, algumas cidades domesticadas sob nossos pés, postais pregados com tachinhas no mural da cozinha e garrafas vazias num canto da área de serviço. Então, numa manhã, enquanto leio o jornal, te verei escovando os dentes e andando pela casa, dessa maneira aplicada e displicente que você tem de escovar os dentes e andar ao mesmo tempo e saberei, com a grandiosa certeza que surge das pequenas descobertas, que sou feliz.Talvez, céus nublados e pancadas esparsas nos esperem mais adiante. Silêncios onde deveria haver palavras, palavras onde poderia haver carinho, batidas de frente, gritos até. Depois faremos as pazes. Ou não?Tudo que sabemos agora é que eu te quero, você me quer e temos todo o tempo e o espaço diante de nossos narizes para fazer disso o melhor que pudermos. Se tivermos cuidado e sorte – sobretudo, talvez, sorte -- quem sabe, dê certo? Não é fácil. Tampouco impossível. E se existe essa centelha quase palpável, essa esperança intensa que chamamos de amor, então não há nada mais sensato a fazer do que soltarmos as mãos dos trapézios, perdermos a frágil segurança de nossas solidões e nos enlaçarmos em pleno ar. Talvez nos esborrachemos. Talvez saiamos voando. Não temos como saber se vai dar certo -- o verdadeiro encontro só se dá ao tirarmos os pés do chão --, mas a vida não tem nenhum sentido se não for para dar o salto."
Se não me engano... o texto é do Antônio Prata

domingo, 28 de junho de 2009

Apaixone-se


Amanhã, apaixone-se!
Porque dia seguinte é o dia mais importante da sua vida, é no dia seguinte que sabemos se o dia de ontem valeu a pena, é no dia seguinte que acordamos para a realidade ou dormimos no sonho.
A vida da gente começa no dia seguinte, e só existe uma maneira de viver: apaixonado!
Por isso dance, dance como se ninguém estivesse vendo você, trabalhe como se nao precisasse de dinheiro, corra como se não houvesse a chegada, ame como nunca tivesse sido magoado antes, acredite como se não houvesse frustação, grite como se ninguém estivesse ouvindo, beije como se fosse eterno, sorria como se não existissem lágrimas, abrace como se fossem todos amigos, durma como se não houvesse amanhã, crie como se não esxistissem críticas, vá como se não precisasse voltar, acorde como se nunca mais você fosse dormir de novo, faça a próxima viagem como se fosse a última, vista-se como se não existissem espelhos, brinque como se não estivesse crescido, levante como se não estivesse caído, case como se não houvesse outra, mergulhe como se não houvesse medo, ouça como se não existisse o certo ou o errado, viva como se não houvesse fim, prefira ser ao invés de ter, sentir ao invés de fingir, andar ao invés de parar, ver ao invés de esconder.
Apaixonar-se é um exercício de jardinagem. Arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, espere, regue e cuide. Você terá um jardim! Mas esteja preparado pois haverá pragas, se desistir não terá um jardim.
A paixão não se vê, não se guarda, não se prende, não se controla, não se compra, não se vende, não se fabrica. A paixão é a diferença entre o sucesso e o fracasso, entre a dúvida e a certeza, daquelas que gostam e fazem e dequeles que fazem e gostam.
Apaixonados não esperam… agem. A paixão é o que faz coisas iguais serem diferentes. Lembre-se que a Arca de Noé foi construída por apaixonados que nada conheciam de navegação, e o Titanic foi feito por engenheiros profissionais e fabulosos, que queriam mostrar o seu poder.
Amanhã quando acordar pense se hoje valeu a pena e apaixone-se…
Porque em 24 horas você vai entrar no dia mais importante da sua vida…O DIA SEGUINTE!"

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Sabe o que é, amor?


-> Os motivos que nos levam a terminar um namoro são complexos... Será?


Outro dia, uma amiga minha criou coragem e terminou um namoro de anos. Quando ela me ligou com a bomba, marcamos um encontro para ela me contar tudo! Bom, chegamos ao restaurante e ela começou a explicar porque tinha tomado a decisão de terminar. Fizemos os pedidos e ela me explicando porque tinha tomado a decisão de terminar. Comemos e ela me explicando porque tinha tomado a decisão de terminar. Sobremesa, café, conta e... bem, você sabe (Adoro frases repetidas, mas tem hora que enche). Enfim, quando consegui falar algo que não fosse “claro”, “sei” ou “harram”, eu disse: “Então você terminou porque está afim de ficar com outros caras!” E ae ela me olhou espantada e falou: “Não é tão simples assim!” E, naturalmente, voltou s me explicar porque... enfim.
Repare: Quando estamos pensando em terminar um namoro, nos perdemos em mil explicações complexas e raciocínios mirabolantes para tentar chegar a uma conclusão. Mas o problema das explicações complexas e dos raciocínios mirabolantes (juro que vou tentar repetir menos frases daqui pra frente!) é que eles deixam a gente mais confuso ainda. Ainda mais quando TODAS as interpretações que nós (e nossas amigas, claro) fazemos têm sentido. Superempolgadas para compreender o que ouve e porque estamos terminando, pensando coisas como: “Éramos muito parecidos e na nossa semelhança ficamos diferentes”, “Deixei de me encontrar em mim, passei a me encontrar nele e, quando percebi que ele não era quem eu pensava que fosse, me perdi” etc, etc...
O ponto é: Será que os namoros acabam por motivos complexos mesmo ou... eles geralmente acabam por razões simples e a gente complica um pouco? Não estou dizendo que as pessoas terminam um casamento porque o cara não gosta de suco de laranja, mas que o motivo pode ser resumido em uma linha. Ou duas, vá lá. É que é tããão difícil nos contentarmos com a simplicidade do motivo do término que... preferimos passar meses aflita, debatendo mentalmente todos os porquês e depois repassando as densas conclusões para todo mundo.
Assim, aproveito para explicar as razões simples e universais para terminar um namoro. Não que elas sejam comprovadas cientificamente. Mas é como eu sempre digo: Não é comprovado cientificamente que chocolate dá espinha, mas todas nós sabemos que dá sim! Bem, sem mais enrolação, aí vão os motivos: Eu não gostava mais dele / a gente brigava muito e me enchi / conheci outra pessoa/ ele pisou na bola e na quero mais ver a cara dele / quero liberdade pra ficar com outros / ele morava longe ou ele não me dava atenção / Não tínhamos tanta química, se é que você me entende / eu o amava, mas não estava feliz com ele, vai saber porquê.
(Se você pensar em outro motivo diferente desses, me mande um e-mail. Se eu não responder, é porque fiquei muito sem graça!)

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Só pra pensar um pouco...


" Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez , geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor é acionado e nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia e só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula 'dois em um': duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulaçãoQue só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que sentimentos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.Ah! Também contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém"


John Lennon

terça-feira, 7 de abril de 2009

O Amor que choveu


-> A história de uma paixão maior que o mundo


Era uma vez um menino que amava demais. Amava tanto, mas tanto, que o amor nem cabia dentro dele. Saía pelos olhos, brilhando, pela boca, cantando, pelas pernas, tremendo, pelas mãos, suando. (Só pelo umbigo é que não saía: o nó ali é tão bem dado que nunca houve um só que tenha soltado).
O menino sabia que o único jeito de resolver era dando o amor a menina que amava. Mas como saber o que ela achava dele? Na classe tinha mais 15 meninos. Na escola 300. No mundo, vai saber, bilhões... Como ia acontecer de a menina se apaixonar justo por ele, que tinha se apaixonado por ela?
O menino tenta trancar o amor numa mala, mas não tinha como: nem sentando em cima o zíper fechava. Resolveu então congelar, mas era tão quente o amor, que fundiu o freezer, queimou a tomada, derrubou a energia do prédio, do quarteirão e logo o menino saiu andando pela cidade escura - só ele brilhando nas ruas, deixando pegadas de star fix por onde passava...
O que é que eu faço? – perguntou ao prefeito, ao amigo, ao doutor e a um pessoalzinho que passava a vida sentado em frente ao posto de gasolina. Fala pra ela!!! – diziam todos, sem pensar duas vezes, mas ele nem tinha coragem.
E se ela não o amasse?
E se não aceitasse todo o amor que ele tinha para dar? Ele ia murchar que nem uva passa, explodir como bexiga e chorar até 31 de dezembro de 2.978.
Tomou então a decisão: iria atirar seu amor ao mar. Um polvo que se agarrasse a ele – se tem 8 braços para os abraços, por que não 4 corações para as suas paixões? Ele é que não dava conta, era só um menino, com apenas duas mãos e o maior sentimento do mundo.
Foi até a beira da praia e, sem pensar duas vezes, jogou. O que o menino não sabia era que seu amor era maior do que o mar. E o amor do menino fez o oceano evaporar. Ele chorou, chorou e chorou pela morte do mar e de seu grande amor.
Até que sentiu uma gota na ponta do nariz. Depois outra, na orelha e mais outra, no dedão do pé. Era o mar, misturado ao amor do menino, que chovia do Saara a Belém, de Meca a Jerusalém. Choveu tanto que acabou molhando a menina que o menino amava. E assim que a água tocou sua língua, ela saiu correndo para a praia , pois já fazia meses que sentia o mesmo gosto, o gosto de um amor tão grande, que já nem cabia dentro dela.


Antônio Prata

sábado, 4 de abril de 2009

Eu juro


-> Você está passando por um momento difícil? Calma. Vai passar.

Olhe, não fique assim não, vai passar. Eu sei como dói. É horrível. Eu sei que parece que você não vai aguentar, mas agüenta. Sei que parece que vai explodir, mas não explode. Sei que da vontade de abrir o zíper nas costas e sair do corpo porque dentro da gente, nesse momento, não é um bom lugar para se estar. (Fernando Pessoa escreveu, num momento parecido, “Hoje não há mendigo que eu não inveje por não ser eu.”).
Dor é assim mesmo, arde, depois passa. Que bom. Alias, a vida é assim: arde, depois passa. Que pena. A gente acha que não vai aguentar, mas agüenta: as dores e a vida.
Pense assim: agora ta insuportável, agora você queria abrir o zíper, sair do corpo, encarnar numa samambaia, virar um paralelepípedo, ou qualquer coisa inanimada, anestesiada, silenciosa. Mas agora já passou. Agora já é dez segundos depois da frase passada. Sua dor já é dez segundos menor do que duas linhas atrás.
Você acha que não porque esperar a dor passar é como olhar um transatlântico no horizonte estando na praia. Ele parece parado, mas aí você desvia o olho, toma um picolé, lê uma revista, dá um pulo no mar e quando vai ver o barco já está lá longe.
A sua dor agora, essa fogueira na sua barriga, esse chumbo na garganta, essa sensação de que pegaram sua traquéia e seu estômago e torceram como uma toalha molhada, isso tudo – é difícil de acreditar, eu sei – vai virar só uma memória, um pequeno ponto negro diluído num imenso mar de memórias. Levante-se daí, vá tomar um picolé, ler uma revista, dar um pulo no mar. Quando você for ver, passou.
Agora não dá mesmo para ser feliz. É impossível. Mas quem disse que a gente deve ser feliz sempre? Isso é uma bobagem. Como cantou Vinícius “É melhor viver do que ser feliz”. Porque para viver de verdade a gente tem que quebrar a cara. Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu. Querer muito e não alcançar. Ter e perde. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado para trás, cai. Dói, ai, eu sei como dói. Mas passa.
Ta vendo a felicidade ali na frente? Não, você não ta vendo, porque tem uma montanha de dor na frente. Continue andando. Você vai subir, vai sentir frio lá em cima, cansaço. Vai querer desistir, mas não vai desistir, porque você é forte e porque depois do topo a montanha começa a diminuir e o único jeito de deixá-la pra trás é continuar andando. Você vai ser feliz.
Ta vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que to falando a verdade. Eu não minto. Vai passar.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Elogio à vagabundagem


A primeira vez que chamei um táxi depois da meia-noite e a telefonista me atendeu com um convicto “Bom dia”. Fiquei perplexa. Desde os três anos, se não me engano, tinha cá pra mim como uma verdade incontestável que dia era quando estava claro, noite quando estava escuro, certo? Bem, segundo a moça do táxi, não. Cheguei a olhar o relógio para ver se as horas tinham passado sem que eu percebesse. Negativo, os ponteiros marcavam 1h30 AM. AM, entenderam? Olhei então pela janela: vai que por algum fenômeno metereológico, por causa do buraco na camada de ozônio ou de emissão de gasses na produção de Danoninho, o nascer do Sol tivesse se adiantado em... cinco horas?! Também não: lá fora o céu continuava escuro como o cabelo da Branca de Neve. Por que diabos, então a moça do radiotaxi havia me dado bom dia?
*****

Quando ligo para alguma amiga no trabalho e a moça pergunta: “Carolina de onde?”, nunca sei o que dizer. Dependendo da amiga, o mais correto seria: “De onde? Ah, diga que é a Carol do maternal, eu emprestava a minha pá para ela no tanque de areia”. Poderia também encarar a pergunta de outra forma e dizer: “Carol de Campos, norte fluminense”. Quem sabe a questão fosse muito mais simples e pudesse me sair assim: “Da cozinha, queridona... agora da sala, indo pro quarto... É que a gente comprou um telefone sem fio, sabe?

As duas situações me parecem fruto de uma mesma semente: a burocratização da vida. Bureau significa escritório em francês. Burocratizar a vida é, portanto, algo como “escritorizá-la”. É submeter o cotidiano às mesmas regras que organizam uma firma: encarnar os fatos com planejamento, arrumar tudo em fichários, liberar só com carimbos e tentar ser o mais eficiente possível. (Ah, eficiência! Quantos crimes já não se cometeram em seu nome?!!!) Acreditar que depois da meia-noite já é amanhã é um procedimento burocrático, necessário para o bom funcionamento dos negócios bancários, o planejamento das companhias aéreas e a precisão das multas de trânsito. Para a maioria de nós, no entanto, mortais não fardados nem fadados a encarar a vida como uma tarefa administrativa, a coisa parece meio esquisita. Da mesma forma quando alguém pergunta “Carol de onde?”, podemos subentender “Carol de que empresa?”. Como se todas as pessoas fossem, antes de serem amigas, primas, irmãs ou namoradas umas das outras, empregados de alguma firma. O trabalho vem antes de tudo.
Tanto em uma quanto em outra situação, a intenção das pessoas do outro lado da linha é, conseguindo mais eficiência, melhorar a produção e expandir seus negócios. Nem que para isso tenham que trocar a noite pelo dia e pôr o mundo de pernas pro ar. Time is money, assim como o tempo, não se gasta por aí passeando, telefonando para fofocar nem lendo bobagens tôo pouco edificantes como estas aqui. Será?

Mais que isso




-> Traição é a pior coisa que pode rolar num namoro – Ou não?

Há tempos venho escrevendo sobre vários assuntos, ainda vou colocar tudo aqui.. são textos cheios de certeza sobre várias coisas como amor, moda, bichos de estimação, poesias, futuro, cebolas (=P).. Mas hoje me senti uma grade picareta. Como qualquer pessoa normal tenho muito mais dúvidas do que certezas, e se pretendo ser honesta, quero começar por aqui. Um dos temas sobre o qual eu reflito e não chego a uma conclusão é... traição. Oh! Bumbos e pratos, maestro!!! “Traição é horrível, é errado!!” “Como ela pode dizer uma coisa dessas?!!” Ei, calma, eu ainda não disse nada. Atirem-me os tomates ou comentários de repúdio só no final..
Em primeiro lugar, vamos mudar esse termo traição. Vamos falar sobre beijar (em alguns casos mais que isso) outra pessoa (que não seu namorado). Em momentos diferente estive nos 3 possíveis lados numa situação dessas: já descobri que um namorado estava tendo um caso, já beijei outra boca enquanto estava namorando e, por fim, já me envolvi com alguém que não era solteiro.
O que mais me intriga nessa história é o seguinte: não acho que, caso eu namore e ame meu namorado, uns beijos (ou um pouco mais que isso) num outro moço, sem compromisso, vão ter qualquer relevância para minha relação. Mas, por outro lado, se descubro que meu namorado deu uns beijos (ou mais que isso) em outra garota, vou subir pelas paredes. (Principalmente se tiver rolado o mais que isso.) Porque? Não sei. Nós somos assim mesmo, contraditórios.
Pense comigo: se for só beijar por beijar, o que há de errado? Mas e, se não for só um beijo, se você apaixonar por essa outra pessoa e quiser namorá-la, não era mesmo o caso de ter experimentado ( um estudo comparativo )? Ou você prefere passar anos ou a vida toda ao lado de alguém com a dúvida de que com outro poderia ter sido mais feliz?
Acredito que, em um mundo ideal, eu teria um homem a quem amaria e com quem teria filhos, mas estaríamos livres para experimentar por aí se quiséssemos. O problema é que o mundo ideal não existe e, neste aqui, a gente se machuca.
Quando eu descobri que meu namorado tinha um caso, doeu pra caramba. Fiquei um tempo sem falar com ele. Depois, soltei os cachorros. Então conversamos muito, a dor foi passando, entendemos qual era o valor da nossa relação perto do caso, compreendemos que aquilo havia acontecido e, juro, messes depois, estávamos muito mais felizes do que se nada tivesse acontecido. (Tá, a confiança demorou um pouco mais que isso pra voltar.. )
As coisas não são assim tão preto no branco, como essas letrinhas tentam, muitas vezes, te convencer. Ou será que são? Não sei, não, tenho minhas dúvidas.








Inspirado num texto que li na Internet e não sei o nome do autor!!!

Um dia a gente aprende que...


Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.E você aprende que amar não significa apoiar-se, que companhia nem sempre significa segurança, e começa a aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas.Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança; aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo, e aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.Aprende que falar pode aliviar dores emocionais, e descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida; aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida, e que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que eles mudam; percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.Começa a aprender que não se deve compará-los com os outros, mas com o melhor que pode ser.Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.Aprende que não importa onde já chegou, mas onde se está indo, mas se você não sabe para onde está indo qualquer lugar serve.Aprende que ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se; aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou; aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha; aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens; poucas coisas são tão humilhantes... e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.Aprende que quando se está com raiva se tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe traga flores, e você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.Descobre que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.


William Shakespeare